Exagerados. Excêntricos. Excessivos. Há hotéis que vêm para provocar, colorir, despertar nossos sentidos. Uma tendência que, ao se propor a ser a antítese do minimalismo e do clean, traz um sopro de ar fresco à hotelaria! Nesses novos espaços, a surpresa e o bom humor são essenciais, a elegância ganha outro sentido e a originalidade sobe ao pódio. Espere por contrastes, misturas, escalas – e muita ousadia. Para aqueles de espírito curioso, que não se contentam com menos, estes hotéis estão prontos a entregar sempre mais. Confira no blog da PRIMETOUR, agência que te deixa por dentro de todas as novidades no turismo de luxo.
O maximalismo está ganhando espaço, continente a continente. Com um estilo muito particular, Christian Louboutin levou este hype ao interior de Portugal. Em Melides, no litoral do Alentejo, seu Hotel Vermelho traz, no nome, a referência à sola de seus icônicos saltos. E, sim, a cor é parte importante da proposta, junto a dourados e azuis. Muito detalhe, muitos metais, muitas luminárias completamente singulares. Uma mobília de antiquário, outra de vime, uma terceira sustentada pela escultura de um macaco. Passeie por aqui de olhos bem abertos!
A cor vermelha viajou até a Índia e tingiu o mais monocromático dos hotéis desta seleção. O belíssimo Villa Palladio, em Jaipur, traz uma paleta de cores sucinta: vermelho, branco, detalhes em verde, um toque de amarelo — mas se excede (no melhor dos sentidos) nos ornamentos de parede que escalam até o teto, nas listas, nos arcos, nos toldos. Uma prova de que a regra do gênero é não ter regras.
Por exemplo: é suposto os lodges de safáris trazerem tons neutros que se mesclem à paisagem e remetam ao tempo dos primeiros europeus que se embrenharam pela África, certo? Não no Royal Malewane, onde cada cômodo traz cores chamativas: amarelo, vermelho, azul, rosa, verde. Color Block no seu melhor. Nos quartos, banheiros, áreas de convívio, o importante neste hotel da África do Sul é cada espaço ter personalidade própria. Criatividade e cor também prometem estar presentes no Kozala Zamba, previsto para inaugurar ano que vem no Congo. Cortesia de Bill Bensley, outro designer de interiores que tem se destacado em uma “luta contra o sem-graça”, como ele costuma dizer.
Papéis de parede florais, tintas coloridas, murais, texturas – as paredes brancas não têm vez nos projetos de Martin Brudnizki, o maior expoente do Maximalismo. O decorador sueco radicado em Londres tem ditado o tom (ou melhor, os muitos tons…) desta linha decorativa. É dele a assinatura dos hotéis a seguir.
No nono arrondissement de Paris, que clamava por uma nova opção para o viajante de luxo, La Fantaisie valoriza os tons pastel e um certo ar retrô, tudo com bastante delicadeza. Traz spots charmosíssimos para drinks e refeições, cercados de vegetação out and indoor.
Os mesmos tons pastel podem ser encontrados no quarto arrondissement: no Le Grand Mazarin, eles são temperados por tons mais fortes, como o vinho – sem perder o ar de filme de Wes Anderson. Um destaque é sua piscina interna, sob uma abóboda coberta de afrescos.
O mais novo dos hotéis de Brudnizki, Broadwick Soho fica em Londres e segue a mesma linha dos seus pares parisienses, com um toque extra de diversão. Bom exemplo foi a instalação de arte que ocupou sua porta de entrada em homenagem ao gay pride, uma colagem assumidamente kitsch de antigas figuras de porcelana.
Já em Nova York, não há representante melhor do “movimento” do que The Fifth Avenue. Desta vez em cores mais vivas, estampas encontram espelhos, art déco colide com orientalismo. Cada móvel, cada louça e cada nicho tem uma história para contar.
Ainda em NY, não pode ficar de fora o novíssimo Warren Street Hotel, da designer Kit Kemp, uma farra visual que mescla a sobriedade das acomodações ao excesso das áreas comuns; e, também nos Estados Unidos, as criações de Kelly Wearstler, com menção honrosa ao mural inspirado pela arte mexicana do teto do Downtown L.A. Proper. De volta à Europa, uma novidade que acaba de sair do forno: Casa Monti, em Roma, assinado por Laura Gonzalez. Com o Maximalismo é assim: o menos não é mais, e o tédio não tem vez.
Conteúdo retirado da revista LUXURY TRAVEL by PRIMETOUR, número 4
Texto por: Bianca Piragibe, Depto. de Comunicação e Marketing da PRIMETOUR
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